O artigo discute a gestão do desenvolvimento local no Brasil, abordando a articulação (ou falta dela) entre atores, instrumentos e territórios. Ele examina diferentes visões sobre desenvolvimento local, confrontando abordagens que reproduzem a lógica capitalista em nível regional com alternativas mais solidárias e contra-hegemônicas. Utilizando uma análise comparativa, o texto explora experiências em várias regiões do Brasil, incluindo iniciativas como polos moveleiros, cooperativas agrícolas e bancos comunitários.
O estudo destaca que o sucesso dessas iniciativas depende de fatores como tempo de maturação, envolvimento de atores locais e uso estratégico de instrumentos de gestão social. A pesquisa também sublinha os desafios de alinhar práticas participativas com resultados concretos de desenvolvimento, indicando que, embora algumas experiências consigam promover transformações significativas, outras reproduzem padrões tradicionais, limitando o impacto social e econômico. O artigo conclui propondo a importância de uma abordagem integrada que envolva a sociedade civil e governos na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para o desenvolvimento local.